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POR CARLOS DIOGO SANTOS | observador

Morte do oceano Atlântico

A morte do oceano Atlântico, que já há muito é uma certeza, pode começar mesmo aqui ao lado. Um estudo publicado em fevereiro na revista científica da área da geologia Geology trouxe luz sobre como poderá ser o fim desta grande massa de água e sobre a relação com a zona de subducção (faixa em que uma placa tectónica se sobrepõe a outra) localizada abaixo de Gibraltar — que permanece ativa e a “caminhar” em direção ao Atlântico.

Estamos a falar de milhões de anos. Daqui a 20 milhões de anos, segundo o modelo tridimensional usado, a zona de subducção estará completamente desenvolvida e dentro de 100 milhões de anos poderá ligar-se a duas que existem do outro lado do Atlântico — o Arco da Escócia, perto da Antártida, e o Arco das Pequenas Antilhas, nas Caraíbas. E dessa união poderá mesmo nascer um anel de fogo semelhante ao do Pacífico.

Um dos autores, o investigador português João Duarte, do Instituto Dom Luiz, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, explicou ao Observador que no final desse processo “podemos ter o oceano Atlântico cheio de zonas de subducção, com cadeias de montanhas nas suas margens, vulcões, e que será, no fundo, o que vai permitir que o oceano Atlântico feche”.

Mas as pistas que este estudo trouxe sobre como poderá ser o início da morte do Atlântico, revelam mais do que isso, trazendo algumas informações sobre a sismicidade na região. Deitando por terra o que muitos cientistas pensavam, que o processo de desenvolvimento desta zona de subducção já não estava ativo, esta investigação mostra que o que poderá estar em causa é um adormecimento.

“Se esta zona de subducção está ativa, vai haver sismos de grande magnitude ali. E, portanto, isso tem uma implicação real para nós, à nossa escala de tempo”, diz, acrescentando que, “apesar de estar dormente, ela está a mexer devagarinho”: “Ou seja, pode demorar mais tempo a acumular tensões, mas estas vão acabar por ser libertadas e pode haver ali sismos de grande magnitude”.
Agora o trabalho da equipa de investigação vai continuar, com o estudo mais aprofundado dos dois cenários possíveis de acontecer depois de a zona de subducção do Mediterrâneo invadir o oceano dentro de 20 milhões de anos. E ambos podem coexistir, refere João Duarte: a zona de subducção pode propagar-se ao longo da costa portuguesa e formar uma cadeia de montanhas como a dos Andes. E, por outro lado, como uma parte da subducção vai entrar pelo Atlântico adentro podem começar a formar-se vulcões e pequenos arcos, como o das Pequenas Antilhas.
É um estudo com grande relevância para nos mostrar o que nunca veremos, mas também para nos ajudar a preparar para os riscos que enfrentamos, como refere o autor, à “nossa escala de tempo”.

FONTE