Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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Da Antártida a Portugal:
Investigação MARE alerta para contaminação e resistência microbiana
Uma investigação liderada por Bernardo Duarte, investigador do MARE/ARNET, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), revelou descobertas inquietantes sobre o alcance do impacto da actividade humana, mesmo em ecossistemas mais remotos e aparentemente prístinos, como a Antártida.
Uma série de três estudos recentes sublinha a presença de contaminantes emergentes, a proliferação da resistência microbiana e os efeitos sinérgicos das pressões antropogénicas e naturais, alertando para a urgência de ações globais para proteger estes habitats vulneráveis e a saúde planetária. Publicados entre 2021 e 2024, os estudos liderados pelo investigador do MARE/ARNET examinaram territórios tão diferente como a Antártida e Portugal.
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Estudo liderado por Catarina Frazão Santos traça novo rumo para a protecção dos oceanos
Um artigo recentemente publicado na revista npj Ocean Sustainability, do grupo Nature, propõe uma nova abordagem para a gestão e conservação dos oceanos face às crescentes ameaças ambientais e climáticas. O trabalho é liderado pela investigadora do MARE Catarina Frazão Santos.
A investigação aponta caminhos inovadores para articular dois instrumentos-chave na gestão marinha: o ordenamento do espaço marinho (OEM) e o planeamento de áreas marinhas protegidas (AMP). Ao explorar como estas abordagens podem ser complementares, o estudo lança as bases para uma ação mais eficaz em defesa da sustentabilidade oceânica.
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Lixo ingerido ameaça gravemente cetáceos na costa atlântica ibérica
A ingestão de macrolixo por mamíferos marinhos que se alimentam nas profundidades do Oceano Atlântico nas costas nacionais e espanhola é um problema bastante grave, de acordo com uma investigação do Centro de Estudos do Ambiente do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA). O trabalho confirmou que a poluição por plásticos nos oceanos representa uma enorme ameaça para várias espécies, como o zífio, o cachalote-pigmeu ou o cachalote, este último classificado globalmente como vulnerável.
O estudo da bióloga Sara Sá (na foto) demonstrou que a ingestão de macrolixo marinho – lixo com dimensões superiores a 2,5 centímetros - é extremamente frequente entre os cetáceos mergulhadores de profundidade na costa Ibero-Atlântica, sendo um dos principais fatores que contribuem para a sua mortalidade.
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COLABORE!
Inquérito sobre o Ordenamento do Espaço Marítimo
Miguel Fernandes, investigador do MARE - Universidade de Lisboa, solicita colaboração para o preenchimento de inquérito desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O inquérito concebido pelo doutorando tem por objectivo avaliar a importância dos serviços dos ecossistemas marinhos e costeiros para o desenvolvimento das actividades marítimas presentes no 'Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo' (PSOEM) português.
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Cientistas usam saquetas de chá para estudar o armazenamento de carbono em sapais e pradarias marinhas
Investigadores do CCMAR participam num grande estudo global onde saquetas de chá foram utilizadas como dispositivo de medição de taxas de decomposição de matéria orgânica. A investigação revelou como o aumento das temperaturas pode reduzir a capacidade das zonas húmidas de armazenar carbono, um serviço essencial para mitigar as alterações climáticas.
Uma equipa internacional de cientistas enterrou 19.000 saquetas de chá verde e rooibos em 180 zonas húmidas de 28 países para medir a capacidade das zonas húmidas de reterem carbono no solo, o que se designa por sequestro de carbono nas zonas húmidas. Embora as saquetas de chá possam parecer um instrumento invulgar para medir este fenómeno, trata-se de um método comprovado para medir a libertação de carbono do solo para a atmosfera.
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«REEFS» EM PARCERIA COM O PORTO DE SINES
A Universidade de Coimbra no PRR: do Oceano às Estrelas
UC está a desenvolver vários projetos inovadores no âmbito das Agendas Mobilizadoras, iniciativas colaborativas entre instituições públicas e privadas financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Evento esta quinta-feira, 13 de fevereiro, debate estas iniciativas.
A Universidade está a desenvolver o REEFS, um dispositivo submerso, inovador em Portugal, que é instalado no fundo do mar, próximo da costa o que facilita a sua instalação, manutenção e a transmissão da energia elétrica para a costa através de um curto cabo submarino. É fundamental esta localização próxima dos consumidores pois a actividade sócio-economica desenvolve-se junto ao litoral.
O REEFS está a ser desenvolvido em parceria com a Administração dos Portos de Sines e Algarve, utilizando o Porto de Sines como plataforma de testes. O objetivo é validar a eficiência do dispositivo na produção de eletricidade, com aplicações que incluem carregamento de baterias e fontes luminosas. Prevê-se a instalação e teste no mar, durante o verão deste ano.
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Portugal terá um Centro de Excelência em Investigação para o mar
O INESCTEC.OCEAN tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento de setores emergentes ligados ao Mar. Este projeto surge como resultado de uma candidatura ao concurso Teaming for Excellence do programa Widening do Horizonte Europa, posicionando-se como o quinto Centro de Excelência em Portugal e o primeiro dedicado exclusivamente à área do Mar.
Este Centro terá como foco a investigação e desenvolvimento nas áreas das energias renováveis offshore, da monitorização do mar profundo, da avaliação de impacto ambiental das atividades humanas no mar ou da aquacultura offshore. A criação de uma rede de infraestruturas tecnológicas onshore e offshore para desenvolver e testar tecnologia, a formação avançada de recursos humanos, e a aproximação da ciência ao mundo empresarial são outras apostas do projeto.
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Ciência pode ter desvendado milagre descrito na Bíblia
Um grupo de cientistas forneceu uma possível explicação para os relatos bíblicos da "pesca milagrosa" e da "multiplicação dos pães e peixes", dois eventos que teriam ocorrido no Mar da Galileia, também conhecido como lago de Genesaré, em Israel
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Assombro oceânico!
Ming, a amêijoa com 507 anos que conta a história do clima da Terra
Em 2006, uma pequena amêijoa, com pouco mais de 8 cm de comprimento de casca, fez história à escala global. Investigadores que realizavam um estudo na costa da Islândia recolheram um exemplar da espécie Arctica islandica. Uma história que também encerra uma tragédia.
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Polvos e peixes caçam em equipa - e os moluscos chegam a «esmurrar» os oportunistas
É sabido que os polvos são animais inteligentes e pensava-se que seriam animais solitários. Até agora. Isto, porque uma espécie de polvo que habita em águas tropicais mostrou trabalhar em equipa com peixes de diferentes espécies para caçar, estando atento a todo o processo e pronto para “esmurrar” peixes oportunistas dentro e fora do grupo de caça para os castigar.
O estudo, publicado na revista Nature, foi realizado por uma equipa internacional da qual fez parte Rui Rosa, biólogo marinho e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e o investigador da FCUL Eduardo Sampaio.
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Centro de engenharia oceânica vai nascer no Porto. Terá 30 milhões de euros
Está a nascer na cidade do Porto o primeiro centro de excelência em engenharia oceânica do país, que terá um investimento que ronda os 30 milhões de euros. Chama-se InescTec.Ocean e, como se adivinha pelo nome, trata-se de um consórcio liderado pelo Inesc Tec – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência. Este novo centro de excelência destina-se a impulsionar as tecnologias de sectores emergentes do mar, como as energias renováveis offshore, e o dinheiro que o financia foi obtido no concurso Teaming for Excellence, do Horizonte Europa, programa de financiamento da investigação da União Europeia até 2027.
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Portugal nas comemorações dos 20 anos da Soprintendenza del Mare Siciliana (Palermo)
O Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS) do Património Cultural, I.P. participou nas comemorações dos 20 anos da Soprintendenza del Mare siciliana, em Palermo.
O evento, que constituiu uma oportunidade de partilha das experiências de Portugal, Espanha ou Malta, contou com intervenções sobre a actividade da Soprintendenza, que tem desenvolvido projectos de investigação e valorização do património cultural subaquático com impacto internacional.
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Florestas de algas transportam 56 milhões de toneladas de carbono para o mar profundo por ano
As florestas marinhas podem ter um papel mais relevante do que imaginávamos no armazenamento de carbono no mar profundo. As algas castanhas que existem ao longo das zonas costeiras do planeta transportam, todos os anos, cerca de 15% do carbono capturado para o fundo do oceano, onde parte desse total pode ficar retido por pelo menos um século, revela um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience.
“Este é o primeiro artigo que procura contabilizar, a nível global, a contribuição das florestas de algas marinhas para o sequestro de carbono”, explica ao PÚBLICO a co-autora Isabel Sousa Pinto, professora do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e investigadora no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar).
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Populações urbanas têm visão pouco realista dos ecossistemas costeiros
As pessoas que moram em zonas urbanas têm uma visão menos realista dos ecossistemas costeiros e uma menor propensão a ações ambientais, do que as que vivem nas zonas suburbanas. É o que sugere uma nova investigação do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), que analisou dados de 1.400 habitantes de oito Estados da costa leste dos Estados Unidos.
Para os autores, trata-se de uma “síndrome de conhecimento urbanizado”, um pensamento linear que acaba por prejudicar os ecossistemas naturais e dificultar a resiliência da comunidade a desastres naturais. Alguns dos exemplos dados é o facto destas pessoas verem a sobrepesca como um problema que afeta exclusivamente os peixes, ou de olharem para as estruturas de defesa costeira como algo que evita a erosão sem algum impacto no mar.
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Portugal vai liderar dois projectos de protecção de corais no Mediterrâneo
O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar), em Matosinhos, vai liderar dois novos projectos de conservação e restauro de jardins de corais afectados pelas ondas de calor no mar Mediterrâneo. “Foi inesperado, fiquei muito feliz”, conta Jean-Baptiste Ledoux, investigador da equipa de genómica evolutiva do Ciimar, que recebeu na mesma semana a notícia dos dois financiamentos.
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Por que é que o sangue fica verde no fundo do mar?
Sabia que o sangue fica verde no fundo do mar? Para que este efeito ocorra, não é necessário ir muito fundo (considerando que as profundezas do oceano são maiores do que podemos imaginar): a cerca de 20 metros da superfície, o efeito já acontece e não se trata de uma ilusão óptica — o próprio sangue é verde.
Mas por que é que o sangue muda de cor? Um relatório da West Texas A&M University diz que os objetos geralmente refletem uma variedade de comprimentos de onda de luz, e que o sangue absorve a maioria das cores e reflete a luz principalmente no espectro vermelho, como já percebemos.
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Construção de navio científico prevê investimento de 44,1 milhões de euros na economia do mar nos Açores
A proposta de Plano e Orçamento de 2024 do Governo dos Açores prevê um investimento de 44,1 milhões de euros na economia do mar, incluindo missões de inspecção e a construção de um navio científico. De acordo com o documento, além da “execução de missões periódicas de inspeção em todas as ilhas da região”, pretende-se promover “o reforço do papel da Inspeção Regional das Pescas (IRP) e da coordenação regional com a Marinha, GNR e Polícia Marítima”.
Vão ser adquiridos sistemas VMS/EMC-MONICAP que “permitem a monitorização e localização das embarcações de pesca” a exercer atividade na região, e será contratada a “prestação de serviços de observadores científicos para o exercício de funções a bordo de embarcações de pesca regionais e de observadores de portos nas ilhas de Santa Maria, Pico e Flores”.
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Ouça o canto das baleias-azuis do Antárctico que está a animar os cientistas
A caça à baleia em meados do século XX quase extinguiu as baleias-azuis do Antárctico (Balaenoptera musculus intermedia) - os maiores animais da Terra, com até 30 metros de comprimento e podendo pesar até 200 toneladas -, uma espécie ameaçada que no final do século passado contava menos de dois mil destes animais vivos. Ainda não se sabe até que ponto a população recuperou, mas há novidades: os chamamentos destes animais estão a ouvir-se com cada vez mais frequência.
Num estudo publicado no final de Abril na revista científica Frontiers in Marine Science, que inclui investigadores do Programa Antárctico Australiano, encontram-se as conclusões da análise de sete inventários acústicos de sons de mamíferos marinhos, realizados entre 2006 e 2021 através de sonobóias (com microfones subaquáticos) lançadas ao longo do trajecto durante viagens ao Antárctico.
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Fenómeno inédito:
Corais em Cascais e Sines estão a «absorver» plásticos
Há corais em Cascais e Sines que estão a incorporar redes e fios de pesca no esqueleto. Algo que nunca foi descrito a nível mundial até agora. Os investigadores estão a estudar as consequências deste fenómeno.
São laranjas e brancos. Habitam as águas frias da costa portuguesa e podem chegar a um metro de comprimento. Chamam-se Dendrophyllia Ramea e os pescadores garantem que cheiram a anis. Os mergulhadores começam a encontrá-los a partir dos 30 metros de profundidade.
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Manuel São João:
Novo navio oceanográfico é uma grande mais-valia para os Açores
O secretário Regional do Mar e das Pescas do governo dos Açores, Manuel São João, considera que a construção de um novo navio de investigação para a Região Autónoma representa um novo paradigma em relação ao trabalho até agora desenvolvido.
“Este é um investimento que traduz uma mudança de paradigma para a investigação científica dos mares dos Açores, significando um grande avanço para a Região e para o conhecimento científico, uma grande mais valia transversal ao trabalho até agora desenvolvido”, considerou o governante, aquando da deslocação aos Estaleiros Armon, em Vigo, Espanha, onde decorrem os trabalhos de construção.