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«VERA CRUZ»

Um dos grandes transatlânticos da Rota de Ouro e Prata!

Vera Cruz! Nome mágico para um dos grandes transatlânticos de lenda que singraram a Rota de Ouro e Prata! Grande entre os gigantes dos mares, levou seu nome e a bandeira de Portugal ao ápice do serviço marítimo comercial de passageiros entre os portos de Lisboa, Rio de Janeiro, Santos e Buenos Aires.

Tudo começou quando o Vera Cruz largou suas amarras ao cais da Estação Marítima de Passageiros da Rocha do Conde de Óbidos, na tarde, já primaveril, de uma quinta-feira, dia 20 de março de 1952.

Era o início de sua viagem inaugural na Rota de Ouro e Prata e que o levaria a atravessar os dois Atlânticos, Norte e Sul, com destino aos portos sul-americanos do Rio de Janeiro, Santos, Montevidéu e Buenos Aires.

A Companhia Colonial de Navegação (CCN) , ao finalizar-se a guerra na Europa em 1945, encontrava-se tendo em seus ativos um trio de navios envelhecidos e desgastados pelo uso de mais de três décadas e cuja construção era anterior à Primeira Guerra Mundial.


FOTO: Encontro dos navios gémeos Vera Cruz (ao fundo) e Santa Maria (em primeiro plano) no Brasil


Este trio era composto pelos vapores Colonial, Serpa Pinto e Mouzinho, navios que, embora de construção sólida e bem mantidos, estavam totalmente ultrapassados em técnica e conforto.

Beneficiando-se da tomada de consciência do governo português quanto à necessidade de ser dada ao país uma marinha mercante digna deste nome e dos benefícios econômicos derivados da abertura dos cofres do Estado (através do denominado Despacho nº 100 do Ministério da Marinha), a CCN pôde encomendar, no final de 1945, ao Estaleiro John Brown, de Clydebank, na Escócia, a construção de dois transatlânticos de capacidade intermediária que levariam mais tarde os nomes de Pátria e Império.

Com a entrada em serviço desses dois navios na linha entre Portugal e as suas colônias da África em meados de 1948, abriu-se uma nova era na secular tradição marítima lusitana.

Apareceram no ano seguinte o par de navios gêmeos Angola e Moçambique, ordenados a estaleiros ingleses pela Companhia Nacional de Navegação (CNN), seguidos mais tarde por toda uma série de navios de dimensões maiores que levavam nomes como Zambezi, Lurio, Índia, Timor, Alfredo da Silva e Ana Mafalda, todos destinados à carreira do Oriente.

Para poder cumprir a determinação governamental de cobrir os serviços marítimos de passageiros entre Portugal e Brasil e visto a condição de seus três existentes paquetes, a CCN passou ordens para a construção de duas grandes unidades aos Estaleiros S.A. John Cockrill, de Hoboken (Bélgica). Em agosto de 1949, foi encomendado o navio que seria denominado Vera Cruz e em abril de 1951, o que receberia o nome de Santa Maria.

Artigo de José Carlos Rossini
Colaboração: Laire José Giraud
(leia a segunda parte do artigo)


FOTO: A partida do Vera Cruz, na viagem inaugural, em 20/3/1952, rumo à América do Sul, foi vista por inúmeras pessoas



 







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