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Porto de Leixões aguenta movimento acrescido mas anseia pelo fim da greve dos estivadores, diz APDL
O porto de Leixões, cujo movimento aumentou significativamente devido à greve dos estivadores noutros portos nacionais, “tem estado a dar resposta” às solicitações, mas anseia pelo final de uma paralisação que tem condicionado a sua eficiência.
“Quem nos dera a nós que as coisas estivessem pacificadas, para bem do país e da estrutura nacional, porque isto é uma situação que se vai aguentando e a que Leixões tem estado a dar resposta, mas que não se deseja, porque causa congestionamento”, afirmou hoje o presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Brogueira Dias (na foto), em declarações à agência Lusa.
Segundo antecipou, o porto de Leixões deverá encerrar o ano com o “recorde” de 600.000 TEUS movimentados, nunca atingido por nenhum porto nacional. Em outubro, a carga movimentada no porto aumentou 22% face ao mesmo período de 2011.
“Independentemente das perturbações nos outros portos, já contávamos que este ano fosse excecional e estávamos à espera de ultrapassar o número de contentores do ano passado, que foram 514.000 TEUS. Mas, com esta situação, somos capazes de chegar, se não ultrapassarmos, os 600.000 TEUS”, afirmou Brogueira Dias.
De acordo com o responsável, nos últimos sete anos Leixões demorou quatro anos a subir de 300.000 para 400.000 TEUS movimentados; três anos a passar de 400.000 para 500.000 TEUS, e este ano, “num ano apenas”, passou de 500.000 para 600.000 TEUS.
Mais do que efeito da greve, sustentou, esta evolução “mostra que o setor está muito dinâmico e tem correspondido ao que tem sido timbre em praticamente todo o mundo, onde a contentorização é crescente”.
Ainda assim, Brogueira Dias destaca que o “pico continuado” da atividade decorrente do protesto dos estivadores – que desde 17 de setembro têm convocado greves parciais sucessivas nos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, contra o novo regime jurídico do trabalho portuário – tem prejudicado a performance de Leixões, penalizando a sua eficiência.
É que, disse, a mercadoria que sai de Lisboa “tem ido, números redondos, 80% para Leixões e 20% para Sines”, pelo que “tem havido uma procura maior em Leixões não só por parte de camiões de mercadorias, mas também da linha férrea (com comboios especiais para fazer essa movimentação) e da parte da navegação (com novos navios a escalar Leixões, em detrimento de Lisboa)”.
No caso dos camiões, Brogueira Dias refere um aumento de 30 a 40% - equivalente a 300 a 500 camiões – face ao movimento diário normal em Leixões, que habitualmente recebe 800 a 1.000 veículos.
Algo que, salientou, “obrigatoriamente cria perturbação, até porque Leixões tem um sistema de portaria muito informatizado ao qual os motoristas estão já habituados, tendo cartões de identificação que tornam o processo muito célere na passagem e controle da viatura e da carga”.
Como consequência, de um tempo médio de atendimento na portaria de oito a 10 minutos por camião, Leixões passou para 27 a 30 minutos, “apesar de estarem as cinco ‘gates’ a funcionar em pleno e de se estarem a fazer turnos excecionais”.
Numa tentativa de minimizar impactos, uma reunião alargada de toda a comunidade portuária de Leixões, convocada “mais ou menos de emergência”, deliberou na segunda-feira que, a partir de agora, o porto só recebe carga de contentores para os navios anunciados para os cinco dias seguintes.
O objetivo, salientou Brogeira Dias, é “tentar que não se repita que se passou na última sexta-feira”, em que a fila de camiões aguardando a entrada em Leixões atingiu os cinco quilómetros.
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