A APP – Associação dos Portos de
Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em
1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de
matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do
Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua
criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de
decisão.
O movimento de mercadorias nos portos nacionais diminuiu 6,3% no terceiro trimestre, sendo a queda ainda mais acentuada em Setembro, com uma descida de 18,5% no volume de carga movimentada, devido ao efeito da greve dos estivadores.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a redução de tráfego de 8,4% no terceiro trimestre, face ao período homólogo, reflectiu-se na variação negativa da dimensão das embarcações entradas (-3,7%) e no movimento de cargas (-6,3%), que atingiu 16,8 milhões de toneladas.
A diminuição de tráfego intensificou-se em Setembro, com um decréscimo de 20,5% nas embarcações entradas e de 18,5% no volume de carga movimentada, face ao mês homólogo.
O Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul tem convocado greves parciais sucessivas desde 17 de Setembro e vai prolongar a paralisação nos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, até às 8:00 do dia 17 de Dezembro.
A greve parcial visa contestar a nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, que teve o acordo de alguns sindicatos, afectos à UGT, que – segundo o Governo - representam 60% dos trabalhadores e operadores portuários.
As cargas dos portos em greve têm sido escoadas essencialmente por Sines e Leixões: no terceiro trimestre o porto do Norte recuperou da variação homóloga negativa verificada no segundo trimestre, aumentando em 5% o volume de mercadorias movimentadas.
Leixões destacou-se também no tráfego internacional, com um acréscimo de 14,2%.
Já Sines manteve uma variação homóloga negativa (-6,5%) no terceiro trimestre, apesar do bom desempenho de Junho, com uma subida de 12%.
O movimento de mercadorias caiu significativamente em Lisboa (-12,2%) e em Setúbal (-16,6%) e teve resultados ligeiramente negativos em Aveiro e Figueira da Foz (-1,6 e -3,5%, respectivamente, face ao trimestre homólogo)
Nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, os portos de mercadorias registaram também variações homólogas expressivas no terceiro trimestre, com -19,2% no Caniçal e 21,1% em Ponta Delgada).
O tráfego internacional de mercadorias nos portos portugueses desceu 4% no terceiro trimestre, menos do que o movimento nacional de cargas (-15,3%).
A excepção foi o porto de Lisboa, que apresentou um aumento homólogo de 10,8%.