Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
Newsletter
Clique aqui para se registar na newsletter.
Clique aqui para sair da newsletter.
Notícias
![]() |
PONTO DE INTERROGAÇÃO
O que é a ictiofauna profunda?
A ictiofauna pelágica profunda, referida coletivamente como ictiofauna de meia-água, subdivide-se em mesopelágica e batipelágica, apresenta espécimens de pequeno porte (Gartner et al., 1997) e geralmente diferencia-se, ao nível de família, tanto da ictiofauna epipelágica como da ictiofauna demersal profunda (Gordon, 2001).
Enquanto as famílias Myctophidae, Sternoptychidae, Gonostomatidae, Chauliodontidae e a subordem Stomiatoidei, principalmente, caracterizam a zona mesopelágica, na zona batipelágica são típicos os Ceratioidei e as famílias Barbourisidae e Saccopharyngidae. A ictiofauna de meia-água inclui também representantes bentopelágicos, que passam parte de seu ciclo de vida próximo ao fundo, e ainda espécies pseudoceânicas, que são espécies mesopelágicas que mantêm íntima associação com feições submersas, como ilhas ou os limites externos da plataforma continental (Hulley & Lutjeharms, 1989).
Entre os peixes demersais encontram-se aqueles que vivem sobre o leito oceânico (bentônicos) e os que vivem logo acima do fundo (bentopelágicos), podendo distanciar-se até algumas dezenas de metros. Os peixes bentônicos apresentam flutuabilidade negativa (Chimaeridae, Rajidae, Bothidae, Chlorophthalmidae), em contraste aos os peixes bentopelágicos, dotados de mecanismos de flutuação que os permitem mover-se na coluna d´água, ainda que mantenham associação com o fundo (Squalidae, Macrouridae, Alepocephalidae) (Marshall & Merrett, 1977; Gordon, 2001).
A distinção entre estes dois grupos foi reforçada por diferenças comportamentais relacionadas à alimentação (o contraste entre peixes que esperam passivamente ou procuram lentamente o alimento no fundo, e aqueles que se deslocam na coluna d’água em busca do alimento), e também metabólicas. Peixes bentônicos apresentam menor taxa metabólica quando comparado aos bentopelágicos (Smith & Brown, 1983; Childress & Somero, 1990).
Artigos relacionados: