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SEGUNDO O PRESIDENTE DA ACL
Greve já causou prejuízos de 425 milhões de euros no Porto de Lisboa
As empresas exportadoras que utilizam o porto de Lisboa deverão sofrer um prejuízo de cerca de 425 milhões de euros durante o período de um mês em que os trabalhadores portuários decidiram fazer greve. As contas foram feitas por Bruno Bobone, presidente da Associação Comercial de Lisboa (ACL).
"A média de exportações mensal no porto de Lisboa é de cerca de 425 milhões. Exportamos cerca de 370 mil toneladas por mês, que neste mês não vão poder ser escoadas. Os prejuízos deverão ser ainda maiores nas importações, porque o porto de Lisboa importa cerca de 650 mil toneladas por mês", assegura Bruno Bobone, em declarações ao Diário Económico.
O presidente da ACL alerta para o problema que a curto prazo poderá surgir com as indústrias nacionais, uma vez que sem a entrada de matérias-primas, "tem de parar, parcial ou totalmente, a produção das fábricas, que além disso não podem escoar os seus produtos". A greve iniciou-se há duas semanas e deverá prolongar-se por mais duas.[CORTE_EDIMPRESSA]
"É inaceitável que numa situação de emergência do País e das pessoas, se permita que um certo número de oportunistas que até ganha acima da média nacional, bloqueie uma economia, que é fundamental para a nossa recuperação", critica Bruno Bobone.
O presidente da ACL ataca também a posição do Governo sobre esta matéria, afirmando que o Executivo "já devia ter actuado e travado esta greve lesiva dos interesses nacionais".
Bruno Bobone qualifica esta situação como uma "total irresponsabilidade" e defende que o Governo deveria obrigar os trabalhadores portuários a voltar ao trabalho, utilizando a requisição civil ou por outro método. "Como presidente da ACL, já fiz chegar esta minha posição a todos os Ministérios, mas incompreensivelmente o Governo ainda não fez nada para resolver esta situação".
Na passada sexta-feira, a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) também alinhou neste alerta para a situação de paralisação nos portos nacionais, denunciando que a greve no sector está a prejudicar "fortemente" as exportações desta fileira industrial e provoca um impacto de cerca de 10 milhões de euros em custos logísticos mensais.
"AFIPA apela à intervenção urgente do Governo, pois a ameaça de paralisação prolongada dos portos nacionais deixa antever um impacto dramático nas exportações e, mais grave ainda, coloca em causa o abastecimento de matérias-primas e consequentemente a colocação no mercado de muitos produtos alimentares", referiu a Federação. O Diário Económico contactou o ministério da Economia sobre este tema para saber se o Governo tem algum plano de contigência para fazer face aos impactos que esta greve pode causar mas até ao fecho da edição não foi possível obter uma resposta.
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