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Notícias
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Criatividade pesca sardinhas para servirem de mala e de pulseira
Até ao ano passado, apenas os profissionais das áreas criativas podiam ambicionar ver os seus trabalhos expostos pela capital durante o mês de Junho.
Com a criação do concurso público deixou de haver limites, como provam as sardinhas ‘pescadas’ na Turquia, Brasil, Itália ou México, como informou a empresa municipal organizadora, a EGEAC.
Uma sardinha a defender a mobilidade pelas sete colinas por bicicleta e outras duas com símbolos da gastronomia portuguesa foram as escolhidas. Mas outras sardinhas não são esquecidas, como a que foi recortada num xaile preto habitualmente usado pelas fadistas e que com uma corrente, um botão dourado a fazer de olho e um fecho de filigrana se tornou numa mala de colocar ao ombro.
Há ainda a sardinha que se transformou numa pulseira e à qual nem falta a peça de metal como se fosse uma lata de conservas ou a pregadeira que é uma canastra de peixes e que se percebe como é pequena ao ficar escondida na mão fechada.
Foram mais de 15 horas divididas por três reuniões para que o júri avaliasse as mais de 3.500 propostas.
Depois seguiu-se a escolha das preferidas na rede social da Internet Facebook, onde também surgiram críticas por a equipa vencedora trabalhar na empresa de um dos membros do júri.
A organização garante que os candidatos chegam à votação sem identificação e que a sardinha “Lisboa tem pedalada” voltou a ser avaliada numa derradeira sessão sem o jurado Mário Mandacaru.
Terminada a avaliação e consultada a base de dados dos concorrentes, o também diretor do Clube de Criativos de Portugal mostra agora o trabalho do concorrente mais velho, com mais de 80 anos, e uma sardinha com cores garridas, olhos psicadélicos e feita de lego por uma criança. Ali ao lado, está outra enrolada com linhas com as cores da bandeira portuguesa proveniente da ala psiquiátrica de um hospital.
“Esta é a abrangência que o concurso tem. Não há restrição nem de idade, nem profissão”, diz o jurado, revelando a regra que tem de “ser cumprida à risca: ser muito criativo”.
Excluídas ficam as mais difíceis de reproduzir em cartazes e pendões, como o banco para sentar de sardinhas ou a ‘espinha’ colocada em cima de pão torrado e ‘servida’ numa travessa de inox.
O ‘pai’ da iniciativa, o designer Jorge Silva, diz haver “alguma elasticidade” e que dada a dificuldade de se ficar “alheio à espantosa criatividade e loucura” há sardinhas com um “belo futuro”: vão ser expostas.
Jorge Silva acredita que as sardinhas criativas não correm o risco de extinção até porque “pela primeira vez” na sua vida enquanto jurado percebeu que, após reuniões de seis horas, ninguém estava com pressa de se ir embora.
“O júri estava encantadíssimo com este concurso. As surpreendentes sardinhas que tínhamos de avaliar, discutir ou às vezes pura e simplesmente rir não nos criaram aquela sensação, que é habitual de stress e de cansaço”, nota.
A um ano de comemorar uma década, a sardinha como imagem das festas pode nem ter “vida eterna, mas tem de certeza longa”, garante o designer.