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Notícias
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INUNDAÇÕES
Lisboa, Porto, Gaia e Coimbra mais vulneráveis
As zonas ribeirinhas de Lisboa, Porto, Gaia e Coimbra foram consideradas «particularmente vulneráveis» a inundações numa avaliação de um grupo de investigadores que realçam a importância de conhecer o risco para poder reduzir os seus efeitos.
O estudo Cartas de Inundação e Risco em Cenários de Alterações Climáticas (CIRAC), realizado a pedido da Associação Portuguesa de Seguradores, deverá ficar concluído em Agosto de 2013, mas os dados já obtidos estão a ser analisados no XIV Encontro de Resseguros, que se iniciou esta quinta-feira no Estoril.
O trabalho abrange o país, mas «é mais detalhado para Lisboa, na zona ribeirinha e em Algés, Porto, Gaia e Coimbra», disse à agência Lusa o coordenador do grupo de estudo, Filipe Duarte Santos.
Como já tinha referido em Novembro à Lusa, a propósito da apresentação de alguns resultados preliminares, além destas cidades, a zona costeira é também afetada por inundações devido ao «problema da erosão».
Este fenómeno «está a provocar um recuo da linha de costa, perda de terreno, particulamente significativa na costa oeste, desde Viana do Castelo até à Nazaré, [extensão] onde há zonas mais vulneráveis, como Aveiro, e na parte mais oriental da costa algarvia», esclareceu.
Para Filipe Duarte Santos, a principal razão da erosão, da perda de terreno, que se verifica nas zonas costeiras «tem que ver com os sedimentos, com a falta de alimentação em sedimentos na costa porque ficam retidos nos rios, essencialmente pelas barragens».
A transformação da costa também está relacionada com a subida do nível médio mar, que «no último século foi de 17 centímentos e atualmente sobe a ritmo anual de mais de três milímetros, ou seja, 30 centimentos num século, o que significa uma aceleração», explicou.
O trabalho parte de uma análise do risco de inundação verificado nos últimos anos e perspetiva a situação para o futuro, tendo em conta as alterações climáticas.
«É importante conhecermos o risco e termos medidas de adaptação para minimizar efeitos adversos destes fenómenos», realçou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
No site do CIRAC é referido que, para o setor segurador, este «será um valioso instrumento na avaliação dos riscos que potencialmente segurará, o que justifica naturalmente o seu investimento neste projeto».
O estudo é realizado por 15 investigadores de várias entidades da Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Aveiro.
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