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CRUZEIRO PARTIU DE NOVA IORQUE
«Azamara Journey» ruma ao local da tragédia do Titanic
O navio 'Azamara Journey' partiu esta quarta-feira de Nova Iorque para um "cruzeiro" ao local da tragédia do Titanic com cerca de meio milhar de passageiros a bordo, fascinados pela centenária história do navio "inafundável", alguns mesmo "mórbidos" e espíritas.
"Gosto do [história do afundamento do navio alemão] Hindenburg também, portanto era uma criança mórbida e acho que ainda sou", disse à agência Lusa Katie Stephens, uma das mais jovens passageiras a bordo do navio que partiu para a costa canadiana.
"Gosto de destruição em massa", afirma, entre gargalhadas, a estudante universitária norte-americana.
Katie, que viaja acompanhada pela mãe, tornou-se obcecada pela história do Titanic aos seis anos e estudou tanto sobre o assunto que viu o filme premiado de James Cameron dizendo para si mesma o tempo todo: "na realidade, não foi assim".
Nas malas, mãe e filha de Boston trazem vestidos de época, mas, mais do que conviver com os outros passageiros, anseiam pela chegada ao local do afundamento, onde o 'Azamara' irá cruzar-se com outro navio que vem do Reino Unido, recriando a viagem original do Titanic.
"Talvez [o navio britânico] se afunde e assistamos a isso!", graceja a estudante norte-americana.
Os dois navios irão cruzar-se para uma cerimónia de homenagem às vítimas do Titanic, em alto mar, perto das 02:00 locais, a 15 de abril.
Para outros passageiros, estar no local da tragédia é uma experiência profunda, caso de Donna, de 49 anos, que diz ter começado a "pressentir" as vítimas mesmo antes de saber da história do Titanic e de se tornar obcecada, quando viu um filme antigo sobre o naufrágio.
"Sinto-os, quando desceram [até ao fundo do mar], toca-me mesmo aqui", diz Donna, pondo a mão sobre o peito.
Nos próximos dias irá "refletir no que terá sido a vida a bordo ou semelhante a isso" e, chegada ao local da tragédia, irá dizer "uma oração silenciosa".
Andrew Phare, da Miles Morgan Cruises, empresa que fretou para a viagem o navio, de mais de 600 lugares, afirma que a empresa está "confortável" com a iniciativa, apesar de o número de passageiros nos Estados Unidos ter ficado aquém do previsto, e promete uma experiência "inesquecível".
"Temos um número grande de entusiastas do Titanic, pessoas que são muito interessadas em história marítima", afirma.
"Vamos ter a bordo o 'prato do dia' do Titanic em cada um dos nossos menus, também teremos um jantar de gala, com sete pratos que replicam refeição exata a bordo do Titanic, música, dança da época e alguns dos peritos mais ilustres em Titanic e história marítima", adiantou à Lusa.
A repetição de uma tragédia como a de 1912, onde morreram 1.500 pessoas, é praticamente "impossível" com os meios de hoje, afirma Phare, e acidentes recentes, como o do Costa Concórdia, não afetaram a indústria de cruzeiros.
Tal como os cruzeiros em geral, o Azamara leva a bordo muitos idosos, como o casal Leonard e Susan Hayes, que fizeram milhares de quilómetros desde o Arkansas, centro do país, porque "tinham" de estar a bordo.
"Oh sim! [Leonard] Diz que não há nada mais que lhe possam ensinar sobre o Titanic", afirma Susan Hayes.
"Desde que me lembro, ando em cima desta história", reforça o marido octagenário, que já viajou até Halifax, no Canadá, a cidade mais próxima do local do afundamento.
"Era o navio que não podia ser afundado. E de um momento para o outro lá foi ele, não foi? Se calhar beberam um bocadinho a mais", graceja Leonard Hayes.
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