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PORQUE HÁ MAIS IMAGENS DE MARTE QUE DA FOSSA DAS MARIANAS?
Corridas malucas
Criados pela iniciativa privada, desafios como o que levou o cineasta James Cameron ao canto mais profundo do planeta, ajudam a evolução da pesquisa científica.
As profundezas do mar sempre fascinaram o cineasta canadense James Cameron. Em 1989, no filme “O Segredo do Abismo”, ele registou uma equipa atrás de um submarino nuclear a sete mil metros de profundidade. Na década seguinte, explorou o Titanic, navio que hoje repousa com 3,8 mil metros de água sobre si. Este ano, o realizador foi mais além. Mais exactamente ao ponto mais profundo do planeta, a Fossa das Marianas, uma “cicatriz” localizada 11 quilômetros abaixo da superfície do Oceano Pacífico. Desceu sozinho, num submarino que comportava pouca coisa além do cineasta, e fez imagens em 3D a ser usadas na sequência de “Avatar”.
Não sendo uma tarefa fácil, obteve sucesso. Tanto que a última vez em que um veículo tripulado chegou ali foi em janeiro de 1960. Na ocasião, os americanos Jacques Piccard e Don Walsh passaram 20 minutos onde o cineasta ficou várias horas. Uma lista das condições explica esse hiato de mais de 50 anos entre uma expedição e outra. A pressão local é de oito toneladas por polegada quadrada. É como se dois elefantes se equilibrassem sobre um estojo de alianças de casamento. A temperatura beira a do congelamento e a escuridão é absoluta. Tudo isso ajuda a entender por que temos muito mais imagens da superfície de Marte do que da Fossa. A empreitada – que recebeu o nome de Deepsea Challenge (desafio do mar profundo, em inglês) – terá como recompensa as imagens para o filme e a entrada da façanha para a história da exploração científica, à frente do britânico Richard Branson, que em abril de 2011 anunciou a construção de um veículo para explorar a Fossa. Nesses casos, não há prêmio em dinheiro. Essa é uma das poucas diferenças entre essas iniciativas e várias outras em que empresas ou ONGs criam desafios com premiações.
LEIA TAMBÉM: FOSSA DAS MARIANAS - O local mais profundo de todos os oceanos
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