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POR VÍTOR CALDEIRINHA
Ideias sobre o Modelo Macro de Governação dos Portos
O modelo de governação dos portos portugueses não pode estar desligado da sua estratégia e dos seus objectivos de melhoria da competitividade.
Os portos nacionais devem ser tão competitivos quanto os portos utilizados pelas concorrentes das exportadoras portuguesas nos mercados emergentes. Isto eleva muito a meta para os portos a um nível mais global. Todos os portos são concorrentes. Quanto mais competitivos forem os portos, mais competitivas são as empresas nacionais e mais exportarão pelos portos.
Para isso, os portos tem que diminuir o seu custo por tonelada e o preço ao cliente final, em termos de taxas portuárias, custos de tempo na passagem pelo porto e frete marítimo até ao porto final.
As vantagens de uma maior coordenação e colaboração nos portos são: obter massa crítica, economias de escala, juntar forças para concorrer, harmonização e coordenação estratégica e comercial essencial numa visão alargada de porto à cadeia logística.
A escolha de um modelo de governação dos portos portugueses a nível macro deve ter como critérios: a proximidade local, a agilidade para decidir rapidamente, autonomia operacional, os custos de mudança, mas também a necessidade de intensificar a cooperação, a obtenção de massa crítica, a harmonização de procedimentos e a coordenação estratégica e de investimentos.
Os políticos portuários devem prestar especial atenção ao equilíbrio entre a integração organizacional e outras dimensões de proximidade (local). As autoridades portuárias possuem vantagens relacionadas com a proximidade cognitiva e social cara-a-cara com os atores dos portos (Peter Hall e Wouter Jacobs, 2009).
No Japão (e face à concorrência na Ásia), é melhor que os portos procurem criar redes logísticas integradas em regiões alargadas, que fazer investimentos concorrentes e lutar por carga. Quem são os concorrentes? (Masato Shinohara, 2009).
Os políticos portuários da Coreia devem passar de uma estratégia de “dois portos hub” para uma estratégia de “duas regiões/sistemas de portos integrados” (Sung-Woo Lee e Geun-Sub Kim, 2009).
Para haver uma "sociedade aberta e dinâmica", deve utilizar-se o "princípio da subsidiariedade”, princípio que permite que a cada um seja conferido o maior poder possível na sua livre iniciativa, que possa ter o efeito de contágio positivo mais amplo que soubermos congregar (PM, 2012).
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