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Notícias
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COSTA CONCORDIA
Histórias trágicas de um naufrágio
Um jovem músico que embarcou pela primeira vez num cruzeiro, uma criança de cinco anos cujo pai desapareceu na escuridão, duas amigas que ninguém encontra. Histórias trágicas do naufrágio do Costa Concordia no Mediterrâneo. E entre as 24 pessoas que continuam desaparecidas desde a fatídica noite em que o cruzeiro afundou, também há figuras heróicas.
O músico
Giuseppe Girolamo, um músico de 30 anos, nascido em Bari (sul da Itália) começou a trabalhar para uma orquestra de cruzeiros no dia 4 de dezembro.
Na última foto no Facebook do baterista, com data de 27 de dezembro, aparece alegre acompanhado de um grupo de amigos, todos com gorros de Natal.
De acordo com testemunhas, Giuseppe estava a tocar no momento em que o navio encalhou mesmo em frente à ilha italiana de Giglio. Um colega viu-o entrar num barco e colocar o colete salva-vidas. Mas ao perceber que uma criança chorava, cedeu o seu lugar no bote. Um gesto altruísta que provavelmente lhe custou a vida. Agora aparece na lista de desaparecidos, apesar dos seus amigos no Facebook não perderem a esperança de encontrá-lo com vida.
O pai e a filha de cinco anos
William Arlotti, de 36 anos, e a filha Dayana, de 5 anos, foram separados da mulher que os acompanhava, a namorada do pai, durante a caótica evacuação. A mulher agarrou-se a uma escada enquanto o pai, ao lado da filha, deslizava na escuridão por causa da inclinação do navio. A mãe da menina, divorciada de William Arlotti, acompanha agora as buscas na ilha, mas, à medida que o tempo passa, menores são as esperanças.
O casal Francês
A última mensagem do casal francês, Mylène, de 23 anos e Mickaël, de 25 anos, chegou na fatídica sexta-feira 13 às 23H15 (hora local), exatamente uma hora depois do choque no banco de areia na ilha de Giglio. Na mensagem enviada pelo telemóvel aos pais de Mickaël descrevem telegraficamente a situação: "O barco está a inclinar-se, temos coletes salva-vidas, evacuação caótica, todo a gente empurra. Envio esta (mensagem) para mantê-los informados". Desde então nada se sabe sobre eles. A família mantém a esperança: "Se não encontram os corpos é porque estão vivos".
As Sicilianas
As sicilianas Maria Grazia Trecarichi, 50 anos e Lucia Virzi, 49 anos, viajavam com a filha de uma delas e o namorado. Estavam prontas para entrar no barco quando uma delas quis voltar à cabine para buscar um casaco no meio da evacuação. Ao chegar à margem, a jovem liga para a mãe que a tranquiliza: "sim, já estamos nos botes". Uma mentira piedosa. Pouco depois liga ao marido, narra o caos a bordo e diz: "estamos a morrer no mar".
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