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LIVRO DO CTE. ARMANDO DIAS CORREIA LANÇADO NA FIGUEIRA DA FOZ
«Este será o século da corrida aos oceanos, em busca dos recursos que guardam»
O restaurante-bar do Casino Figueira, Álea, foi o local escolhido para o lançamento do livro “O Mar no Século XXI”, da autoria do figueirense Armando José Dias Correia, actual Comandante do NRP Bérrio. A organização do evento esteve a cargo do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), responsável pela edição da obra. Os portos da Figueira da Foz (APFF) e de Aveiro (APA) integram a lista dos patrocinadores do livro.
A sessão de apresentação contou com a presença, na mesa, do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde; do Contra-Almirante António da Silva Ribeiro, Subchefe do Estado-Maior da Armada, e do professor Armando Teixeira Carneiro, pela FEDRAVE – Fundação para o Estudo e Desenvolvimento da Região de Aveiro –, fundação que tutela o Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA) e que promoveu a edição do livro.
Presentes na plateia estiveram ainda, entre outras personalidades, o administrador dos Portos da Figueira da Foz e de Aveiro, Rui Paiva; o vice-almirante Henrique da Fonseca, presidente do Observatório de Segurança Marítima, do ISCIA e director da Revista da Marinha; os vice-almirantes Victor Cajarabille e José Joaquim Conde Baguinho, ambos ex Vice-Chefes do Estado-Maior da Armada e, o primeiro, actualmente coordenador do Departamento de Tecnologias do Mar (DETMAR) do ISCIA; diversos quadros da Marinha e Escola Naval; os comandantes Orlando Temes de Oliveira, Secretário-Executivo do Observatório de Segurança Marítima, do ISCIA; Rui Amado, capitão do Porto da Figueira da Foz e João Afonso Coelho Gil, capitão do Porto de Aveiro.
Desígnio Nacional
Na apresentação da obra, Armando Teixeira Carneiro justificou a intervenção da FEDRAVE na divulgação do trabalho do comandante Armando José Dias Correia.
“Cremos que é o Mar, uma vez mais e talvez derradeiramente, o desígnio que Portugal tem que assumir para ultrapassar os mares encapelados e ventos fortes de rajada que se abatem sobre nós”, afirmou, considerando que “no fim de um novo curto período de deslumbramento, virados quase que exclusivamente para a Europa, temos que entender que só nos afirmaremos dentro de uma nova Europa alargada se cumprirmos os nossos desígnios de sempre: o mar oceano como zona de expansão e as mais-valias das nossas relações transoceânicas, nomeadamente as geradas dentro da CPLP, na busca da constante de sempre: o equilíbrio entre as forças gravitacionais geradas no Mar e na Terra”.
Sublinhando que a zona centro do país, “de grandes tradições nas pescas, longínqua e costeira”, se apresenta hoje como “um incontornável pólo logístico dada a importância dos denominados Portos do Centro – Figueira da Foz e Aveiro – para o eixo logístico Aveiro/Figueira da Foz – Viseu – Guarda – Salamanca – Valladolid”, Armando Teixeira Carneiro centrou o seu discurso numa perspectiva macro. “A transferência de gestão dos recursos vivos da área Económica Exclusiva para Bruxelas, nas condições actuais do equipamento nacional, é um aviso que precisa de ser escutado pela gestão política, e apoiado pelo saber e saber fazer a cargo da renovada e fortalecida rede de ensino”, alertou.
Neste âmbito, para além do apoio a obras como a do comandante Dias Correia, está na forja “uma edição fac simile de um trabalho com 100 anos: Portos e Canaes do Comandante António Arthur Baldaque da Silva, figura ímpar da história da hidrografia portuguesa, assim como seu pai, o Vice-Almirante Francisco Maria Pereira da Silva”, dois notáveis oficias e engenheiros hidrógrafos da Marinha, do século XIX e primeira década do XX, para com quem a Figueira da Foz tem “dívidas abertas”. Sobre a obra “Portos e Canaes”, Teixeira Carneiro adiantou ainda que esta “descreve um estratégico projecto, datado de 1913, para a Baía de Buarcos: o porto oceânico do Cabo Mondego quando Portugal ainda não tinha nenhum porto de águas profundas”, e que a sua republicação irá dar a conhecer “para além de um projecto grandioso mas hoje já ultrapassado, algumas idiossincrasias e incapacidades que não vencemos até hoje mas que têm que ser vencidas”.
Sobre o futuro, Teixeira Carneiro revelou a vontade de vir a estabelecer na Figueira da Foz, em parceria com a Marinha e com a APFF – Administração do Porto da Figueira da Foz, alguns cursos superiores e cursos profissionais “que criem competências para, de facto, nos virarmos ao Mar”.
Coube ainda ao director do ISCIA anunciar para breve uma segunda edição da obra, depois de estar praticamente esgotada a primeira edição, de 1500 exemplares, “tal o entusiasmo com que a obra está a ser recebida”.
LEIA A VERSÃO INTEGRAL DESTA NOTÍCIA AQUI (html) (pdf)
FONTE: O FIGUEIRENSE
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