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Notícias
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COSTA CONCORDIA
Simbolismo e comoção na cerimónia do primeiro aniversário da tragédia
Sobreviventes e familiares de vítimas do naufrágio do Costa Concordia lembraram este domingo na ilha de Giglio, em Itália, o primeiro aniversário da tragédia, tendo como pano de fundo o próprio navio, que continua encalhado no mesmo local onde afundou parcialmente.
Algumas daquelas pessoas que viveram de perto o naufrágio na fria noite de 13 de janeiro de 2012 voltaram à pequena ilha italiana para homenagear os 30 mortos e dois desaparecidos.
Os simbolismos e a comoção marcaram os atos, começando pela devolução ao mar, com uma placa comemorativa, de parte das rochas contra as quais a quilha da embarcação se chocou às 21h45 locais daquela noite, quando transportava mais de 4.200 pessoas.
Um dos momentos de maior destaque foi a cerimônia religiosa oficiada pelo bispo de Grosseto, Guglielmo Borghetti, na mesma pequena igreja de San Lorenzo e Mamiliano que acolheu os sobreviventes e na qual estiveram presentes hoje também o ministro do Meio Ambiente, Corrado Clini, e o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli.
Em presença também de diplomatas de vários países (os passageiros eram de diversas nacionalidades), o bispo lembrou as vítimas e reconheceu a "generosidade" dos moradores da ilha, muitos dos quais trabalharam no resgate, informou a imprensa italiana.
O ato central deste domingo é o das 21h45 (19h45 de Brasília), com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e o lançamento ao mar de 32 lanternas acesas no horário exato do acidente.
Os restos do navio, de propriedade da companhia Costa Cruzeiros, seguem encalhados em frente à ilha e cercados de grandes estruturas de metal para permitir uma remoção que atrasou nos últimos meses e deverá terminar em setembro.
Essa tarefa, encarregada ao consórcio ítalo-americano Titan-Micoperi, conta com o trabalho de 430 pessoas de 19 nacionalidades, entre operários e engenheiros, e custará no total US$ 100 milhões.
"O objetivo é o de levantar o casco, instalando um material flutuante sob a quilha, de modo que possa ser transportado como uma balsa inflável", explicou o engenheiro Carlo Femiani em entrevista publicada hoje pelo jornal "La Stampa".
Por sua vez, o ministro de Meio Ambiente afirmou que o navio tem que ser levado ao porto de grandes dimensões mais próximo à ilha para seu posterior desmonte, previsivelmente ao de Piombino, na Toscana.
"Temos que agir rápido, mas temos que fazê-lo bem. Estamos estudando medidas para aliviar o peso do navio de modo que possa ser levado ao porto mais próximo", disse Clini.
O representante do governo do demissionário primeiro-ministro Mario Monti também pediu que sejam punidos os responsáveis em processo que, por enquanto, tem 12 investigados, entre eles o capitão da embarcação, Francesco Schettino.
"Os responsáveis - disse - terão que ser punidos com dureza. Não cabe nenhuma compreensão para quem se equivocou, começando pela companhia. Acho que todos aprendemos com este assunto que a superficialidade e a incompetência às vezes é subvalorizada, e é um dos piores riscos que pode haver".
Também foram à ilha de Giglio neste domingo representantes das famílias dos dois desaparecidos, Russel Rebello e Maria Grazia Trecarichi, assim como Gregorio de Falco, o capitão da Guarda Costeira transformado em herói pela já famosa conversa na qual exigia a Schettino que voltasse a bordo do cruzeiro.
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