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A história dos cabos submarinos em Portugal

A segunda metade do século XIX conheceu importantes progressos técnicos que vieram responder a uma sociedade cada vez mais acelerada e exigente, onde a adaptação tecnológica às necessidades económicas mundiais se mostrou determinante.

A expansão e aperfeiçoamento da telegrafia eléctrica foi de igual modo rápida e a rede de cabos submarinos mundiais viria a testemunhar estas melhorias com a instalação do primeiro cabo transatlântico que, em 1866, pôs a comunicar “instantaneamente” os continentes europeu e americano.

Portugal dada a sua posição geográfica, foi um local essencial no desenho da rede internacional de cabos representando um dos mais estratégicos pontos de amarração, tanto no Continente como no arquipélago dos Açores. Estas ligações, que obrigavam a investimentos elevados, pertenciam em grande maioria a capitais britânicos. Em 1870, o governo de D. Luís assinou com a inglesa Falmouth Gibraltar and Malta Company a primeira concessão para estabelecimento de um cabo entre Londres e Malta, com amarração em Portugal continental. Em Julho desse ano, a ligação entre Portugal e Inglaterra foi inaugurada.

Com as grandes concentrações de capital, esta exploração foi integrada, em 1873, numa Holding de várias Companhias – a Eastern Telegraph Company Limited – dominando nas décadas seguintes as ligações internacionais que tocavam Portugal. Os pontos de amarração alargaram-se a Cabo Verde e Madeira, para estabelecer as redes com o Brasil e o continente africano.

Em 1893 foi a vez de os Açores elevarem o seu protagonismo enquanto ponto de excelência para a passagem das comunicações submarinas transatlânticas: A Europe and Azores Telegraph Company, Limited, subsidiária da grande Eastern, veio então desempenhar um papel cimeiro no regime de concessões do Estado português. Tendo as ilhas açorianas como plataforma giratória, os cabos aqui atracados alargaram os circuitos com a América do Norte e vários pontos da Europa.

~ Em 1899 o interesse crescente de companhias americanas e alemãs levou à presença da Commercial Cable Company e da Deutsch Atlantische Telegraphen Gesellschaft (D.A.T.) na rede de concessões portuguesas nos Açores. Estas funcionaram como sub-concessionárias da Europe and Azores, protegida pelo regime de exclusividade obtido com o governo português no contrato firmado em 1893. A ilha do Faial passou então a estar no circuito da Commercial Cable, explorando as ligações entre Canadá/Açores e Açores/Grã-Bretanha/Irlanda, e da D.A.T., com a ligação entre Emden (Alemanha) e Nova Iorque.

Na viragem para o século XX a rede mundial de telegrafia submarina era já muito extensa e competitiva, conservando-se Portugal no centro dos circuitos estratégicos das ligações transatlânticas.


EXCERTO DA NOTÍCIA “O TELÉGRAFO SUBMARINO"
 ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA, 28 DE ABRIL DE 1913, N.º 375, LISBOA, PP.527-528.

"A The Eastern Telegraph Company quasi envolve o mundo com os seus cabos sob o misterio dos oceanos. De Marrocos aos Cabo pussue as costas d’Africa, envolve o Brasil, a Argentina até ao Peru, a India é dominada, a Asia e parte da Oceania comunicam pelas suas linhas. (...) O galope do pensamento, o cavalo aereo de que todas as narrativas da juventude nos falam não é nada com o positivo do cabo submarino, a linha das surpresas, que nos faz saber n’um espaço breve as revoluções da Russia, os combates do Japão, os ciclones da America, as fomes da India, as miserias, as grandezas, os crimes, as virtudes do mundo pelo simples movimento de uns aparelhos d’um extremo ao outro do universo. Por isso, ali, n’aquela sala larga da estação do telegrafo submarino, na quinta Nova de Carcavelos, diante dos rapazes que estavam atentos aos seus aparelhos, nós diziamos com uma vaga inveja ao chefe que nos acompanhava: Os Senhores daqui dominam o mundo (...)."

FONTE: FUNDAÇÃO PT

Legenda da imagem de topo: Página do jornal O António Maria alusiva ao lançamento do primeiro cabo submarino nos Açores.
Fonte: “Açores”, in O António Maria, J. Garcia de Lima, 12 de Setembro de 1893, ano IX, Lisboa, p.145.

 

















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