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Notícias

GAGO COUTINHO (1869-1959)

A metáfora acabada do furacão: imparável!

Gago Coutinho era a metáfora acabada do furacão: imparável. A sua vida divide-se em quatro etapas: marinha; trabalhos geográficos; navegação aérea; história da náutica e dos descobrimentos. Distinguiu-se em todas elas, desenvolvendo ao longo da vida uma vasta obra de investigação científica. “É um exemplo de paixão por aquilo que faz”, afirma o tenente Gonçalves Neves, investigador do Departamento de Investigação do Museu de Marinha.

Nascido em 17 de Fevereiro de 1869, Gago Coutinho percorreu o mundo ao serviço da marinha, área para a qual se preparou desde cedo com a entrada na Escola Naval em 1886. No mesmo ano entrou na armada como aspirante. Um ano antes de morrer, em 1958, atingiu o posto de almirante. Uma vida dedicada ao mar que ficou marcada por valiosos contributos históricos e científicos. Era um homem sólido e corajoso.

Entre 1888 e 1898 esteve várias vezes embarcado. A primeira viagem prolongada foi para Moçambique na corveta “Afonso de Albuquerque”, de 7 de Dezembro de 1888 a 16 de Janeiro de 1891. A última foi na corveta “Vasco da Gama”, até 31 de Março de 1898. Daqui passou para a sua primeira comissão de geógrafo ultramarino, em Timor. Foi a partir desta altura que desenvolveu a maior parte da actividade no âmbito da Comissão de Cartografia. Realizou, como geógrafo, muitos trabalhos de delimitação de fronteiras das colónias portuguesas. Foi nomeado chefe da missão geodésica da África Oriental, onde trabalhou durante cerca de quatro anos e conheceu Sacadura Cabral. “Foi uma das áreas do saber que mais o cativou. Apesar de ter cruzado o ar e o mar, esteve sempre muito ligado à terra”, esclarece o tenente Gonçalves Neves.

Quando terminava a missão geodésica de S. Tomé, em 1919, foi incentivado por Sacadura Cabral a dedicar-se ao estudo dos processos de navegação aérea. Gago Coutinho criou o primeiro sextante com horizonte artificial que podia ser usado a bordo das aeronaves. Uma inovação que tornou o sistema de navegação aérea mais fiável e útil, acabando mesmo por ter produção industrial e grande utilização prática, desde o cálculo do posicionamento das aeronaves até à utilização das emissões de rádio a partir de terra. “Tinha a capacidade de abarcar projectos em áreas díspares do saber”, garante Gonçalves Neves. Gago Coutinho era exímio a olhar para uma situação e dizer: “Avança ou recua”, em tempo útil para a empreitada. Actuava em deliciosa antecipação e uma das suas melhores características era examinar com frieza clínica os riscos das expedições. Para ele, a complexidade das coisas não podia ser o pretexto para o fracasso.

VEJA OS VÍDEOS HISTÓRICOS
Primeira travessia aérea do Atlântico Sul

Momentos antes da partida

Chegada a Cabo Verde

Chegada de Gago Coutinho e Sacadura Cabral a Lisboa
 

Gago Coutinho e Sacadura Cabral acabaram por fazer várias viagens em conjunto para testar os novos processos de navegação, incluindo a primeira viagem aérea entre Lisboa e o Funchal, em 1921, e a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro, um ano mais tarde. E fê-lo sempre com enormes preocupações de segurança. Afinal, Gago Coutinho era destemido, mas não era louco.

Depois de aclamados e homenageados na chegada a Portugal, Gago Coutinho passou a ter tempo e apoio para se dedicar ao estudo das viagens dos descobrimentos dos séculos XV e XVI, em que analisou os processos utilizados e tentou explicar como os portugueses conseguiram realizar as navegações de longa distância. Concluiu que a experiência dos navegadores dessa época foi determinante para possibilitar a navegação astronómica. “É uma figura de grande destreza intelectual. Soube explorar uma área no campo da historiografia portuguesa até então desconhecida”, refere Gonçalves Neves. “Estavam-se a dar os primeiros passos no estudo da ciência náutica.” O historiador também se notabilizou pelos estudos sobre o regime de ventos e correntes no Atlântico Norte, que obrigava os portugueses a contornar pelo “mar largo” as correntes e ventos contrários, no regresso da Guiné ou da Mina. Gago Coutinho, ao mostrar que era a experiência e o estudo, e não o acaso, que faziam os navegadores portugueses regressarem pelo mar largo, deu uma nova perspectiva aos descobrimentos portugueses.

FONTE: RTP
 

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