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Notícias

Júlio Dinis e a chegada ao Funchal em março de 1869

Joaquim Guilherme Gomes (1839-1871), conhecido com o pseudónimo literário de Júlio Dinis, viveu na Madeira de março a maio de 1869, procurando melhoras para a tuberculose. Regressou em outubro desse mesmo ano e aqui ficou até maio do ano seguinte e voltou a visitar a ilha em outubro de 1870, ficando até maio de1871.

Uma das casas onde viveu situa-se na Rua da Carreira, n.º 90, onde desde 1995 está colocada uma placa a assinalar a passagem do escritor, bem como uma estátua, da autoria do escultor madeirense Ricardo Velosa.

Nascido no Porto, onde se formou em medicina, a doença fê-lo interromper a sua carreira e dedicou-se à literatura. Escreveu “Uma Família Inglesa”, “Serões na Província”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “A Morgadinha dos Canaviais”, entre outros. Na Madeira, escreveu “Os Fidalgos da Casa Mourisca”.

No livro “Inéditos e Esparsos”, publicado em 1919, descreve a chegada ao Funchal. É esse texto que aqui deixamos, já publicado pelo Centro de Estudos de História do Atlântico, numa das newsletters sobre o centenário da Junta Autónoma para as Obras do Porto do Funchal, JAOP:

“Momentos depois, vencida a ponta do Garajão, as casas e as quintas do Funchal, iluminadas por um esplêndido sol de outono, que dourava as extensas plantações de cana, saudaram-nos por sua vez. A magia do espectáculo emudecera-nos. De um lado o mar, do outro as serras, e entre estas duas grandezas majestosas, a cidade sorrindo, como a criança adormecida entre os pais, que a defendem e acalentam. Dentro em pouco pousávamos pé em terra.

Não é grata a impressão recebida ao desembarcar. Costumados aos extensos e alvejantes areais das nossas praias tão ricas de formosíssimas conchas e em cujas penhas se formam aquários naturais, onde aos raios do Sol as actínias matizadas escondem os seus braços gelatinosos e as algas crescem em delicadíssimas arborizações, costumados às praias risonhas que atraem as mulheres e as crianças com o animado e variadíssimo espectáculo que lhes oferecem e os abundantes tesouros de pedrarias que escondem nas suas móveis areias, afecta-nos tristemente o aspecto desta praia negra, formada de calhaus roliços, cor de lousa, sem uma dessas pequenas maravilhas naturais que são o principal atractivo da beira-mar. Esta pedra escura parece conservar ainda evidentes os vestígios do cataclismo vulcânico que a arremessou à superfície das águas. Dir-se-ia que ainda está defumada e quente do fogo do imenso forno em que foi fundida. Ao seu aspecto comprime-se o coração do viajante.”

DINIS, Júlio, 1919, Inéditos e Esparsos, Lisboa, p. 235